quinta-feira, 23 de abril de 2009

Banco Vermelho

Num banco de jardim vermelho, junto ao mar posso contemplar as estrelas e a tua presença. Como tudo se torna perfeito quando olhamos o infinito e tentamos contar as estrelas com as quais tantos desenhos fazemos com os nossos dedos. 
À nossa frente a areia teima em sussurrar aos nossos ouvidos e cada movimento que dou fica registado no brilho dos teus olhos; no chão restam as nossas pegadas que se cruzam aqui e ali, nas tuas mãos está o futuro que pintamos sempre que nos encontramos ali, no nosso banco - o banco vermelho.
Saímos de mãos entrelaçadas, já as estrelas adormeceram e o sol rompe entre os teus dedos. É hora de ir para casa. Ao infinito do teu mundo...

(aos meus amigos)

3 comentários:

  1. O infinito é a seta para onde estamos apontados, cada ser esconde em si o infinito. Estamos apontados para a descoberta do infinito que o outro esconde dentro de si. Nos dias destas descobertas, o desespero pela ignorância que faz parte de nós acerca do infinito dos outros, leva os mais fracos à revolta contra si mesmos pelo facto de não possuírem a visão de Deus, assim, procuram ser pequenos deuses ditando opiniões acerca do infinito que não possuem caindo na mais profunda miséria.
    A atitude inteligente é a do silêncio presente contemplação do mistério que cada um é para nós, uma contemplação que se torna operativa na minha vida presente em cada momento que sou chamado à acção da língua:

    - O que pensas dessa pessoa?
    - Escutarás a minha resposta no silêncio do meu quarto quando faço a minha oração.

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  2. Antes de mais, falar e pensar sobre a temática inerente ao infinito é belíssima.
    Como pudemos falar de algo que está tão perto mas que nunca ninguém lhe tocou?
    Será o Infinito algo que por ser tão profundo não tem fim? Será que pertencemos nós também a esse infinito apesar de desconhecermos a realidade finita desse infinito? E será esse infinito assim tão distinto da eternidade? Na minha opinião penso que o Amor de Deus faz parte desse infinito, e penso que Deus = Infinito, porque ele deixou uma parte desse infinito dentro de nós e é com esse infinito que pudemos alcançar a felicidade à nossa volta de modo a pudermos alcançar a eternidade, o "céu" ou o "paraíso" será essa a razão do infinito? Será que Deus espera que levemos a felicidade em actos e acções para no final nos guardar um lugar junto dele ou será que o infinito não tem razão de ser?


    "As estrelas e Maria" - Movimento dos Focolares

    A astronave parte e vai p’las infinitas luzes,
    Céus desconhecidos, céus que nunca têm fim;
    No espaço imenso o que encontrará?
    No espaço imenso … Deus!
    A astronave “pensamento” p’ra onde está voando?

    O que será o azul que nunca ninguém lhe tocou?
    O que serão os mundos, esses onde vive Deus?
    Chegar até lá, na vida, que será?
    No que se tornará?
    Astronave “pensamento” onde está voando?

    Uma mulher o sabe: Maria,
    Ela como nós sobre a Terra,
    Ela, Maria como nós, uma vida entre tantas
    Mas Ela, no céu de Deus,
    E o céu dentro d’Ela, e o céu é mesmo Ela.
    Uma vida entre tantas mas Ela, Maria,
    Na Sua casa o amor, Ela, Maria junto de nós,
    E o Seu rasto que nos une lá
    No céu de Deus, e o céu dentro de nós,
    E o céu é ser em nós.

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